Sivan Rahav Meir

De ser humano para ser humano

Mazal tov. Hoje – dia 6 do mês de Av – o pouso do homem na Lua completa 50 anos e isso ainda é um grande passo para a humanidade. A incrível conquista do astronauta Neil Armstrong e seus companheiros fascina e emociona muitos, por toda uma geração.

Também naquela época, há 50 anos, quando o mundo inteiro estava celebrando, eram os dias que antecediam o 9 de Av. O Rabino Yosef Kahneman, um sobrevivente da Shoah (Holocausto) que perdeu muitos membros de sua família, foi um dos fundadores do mundo da Torah em Israel. Ele, então, estava sentado em sua casa em Bnei Brak. Quando chegaram para lhe dizer que o homem havia chegado à Lua, ele abriu a cortina do seu quarto, apontou para as pessoas que passavam na rua e disse: “O homem chegou à Lua, mas o homem até o homem – ainda não chegou.”

O mundo, desde então, progrediu muito mais tecnologicamente, mas essa história ainda é pertinente, talvez até mais do que antes: o Rabino Kahneman viu a maldade da Alemanha, um estado muito avançado culturalmente e cientificamente, e mencionou que as conquistas tecnológicas não são tudo. A destruição do Templo ocorreu por causa da violência, corrupção, alienação, indiferença, insensibilidade e falta de fé. Essa é a base, o relacionamento humano. A conexão real e boa que precisa ser desenvolvida entre o homem e seu semelhante e entre o homem e ele mesmo. Às vezes é mais fácil chegar à lua do que ao próximo.

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